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Amantikir – Jardins que Falam

Criado em Campos do Jordão,estado de São Paulo, no ano de 2007 o Parque Amantikir recebe, a cada ano, um maior número de visitantes. São mais de 700 espécies de plantas ao longo dos 60.000 m² ,abertos à visitação durante todos os dias do ano. O Parque Amantikir vem se destacando como o principal atrativo, tanto para viajantes e operadores turísticos,quanto para estudantes de paisagismo, botânica e pessoas que buscam vivências para o desenvolvimento humano e bem estar junto à natureza.

O Parque
O Parque amantikir é fruto da mistura de dois ingredientes: insatisfação e encantamento. Estes ingredientes, aparentemente contraditórios, porém importantíssimos na realização de nossos sonhos, foram essenciais na história do engenheiro agrônomo e paisagista Walter Vasconcellos. Nascido em Campos do Jordão e apaixonado pela cidade, após viajar por dezenas de parques e jardins da Europa, Estados Unidos e Canadá, voltava das férias sempre com a sensação de que sua cidade merecia um espaço tão encantador quanto aqueles que visitara. Parecia-lhe injusto: nem mesmo os proprietários dos jardins, a quem prestava serviços como Dr. Garden, tinham a oportunidade de desfrutar da plenitude de jardins tão belos. Imaginem só: uma florada podia ocorrer em plena segunda-feira e no sábado seguinte nada mais restara para ser apreciado! Essa inquietação foi essencial para germinar a semente de um jardim aberto ao público.

Construído numa área que antes abrigara o Haras Serra Azul, o sonho ganhou força através do aporte financeiro de amigos e clientes do Dr. Garden. No dia 25 de agosto de 2007, nascia o amantikir. Após mais de uma década de história, o parque já recebeu milhares de visitantes, de diversas partes do mundo, e hoje conta com apenas dois sócios: Roberto Baumgart e Walter Vasconcellos.

A Lenda de Amantikir
Conta a lenda que havia uma princesa encantada da Brava Tribo Guerreira do Povo Tupi. Seu nome o tempo esqueceu, seu rosto a lembrança perdeu, só se sabe que ela era linda. Era tão linda que todos a queriam, mas ela não queria ninguém. Vira homens se matarem por vê-la. Tacapes velozes triturando ossos, setas certeiras cortando carnes. Como poderiam amá-la se não amavam a si próprios? A Bela Princesa se apaixonou pelo Sol, o guerreiro de cocar de fogo e carcás de ouro, que vivia lá em cima, no céu, caçando para Tupã. Mas o sol, ao contrário de tantos príncipes, não queria saber dela. Não via sua beleza, não escutava suas palavras nem se detinha para tê-la. Mal passava, cálido, por sua pele morena, sua tez cheirando a flor, mal acariciava seus pelos negros, suas pernas esguias, e, fugaz, seguia impávido a senda das horas e das sombras. Mas ela era tão bonita que senti-la nua, seus pequenos túrgidos seios, seus lábios de mel e seiva, sua virginal lascívia, acabaram também encantando o Sol. E o Guerreiro de Cocar de Fogo fazia horas de meio-dia sobre o Itaguaré… A Lua mal surgia sobre a serra, já sumia acolá. Logo não havia noite. O sol não se punha mais e não havia sono, não havia sonho, e tão perto vinha o Sol beijar a amada que os pastos se incendiavam, a capoeira secava e ferviam os lamaçais… De tênues penugens de prata, plumas alvas de cegonhaçú, a Lua viu que estava ameaçada por uma simples mulher. O Sol, que na Oca do Infinito já lhe dera tantas madrugadas de prazer, tantas auroras de puro gosto, se apaixonara por uma mulher… E foi contar tudo para Tupã. E tanto, de tanto que Tupã quis saber o que era, que a Lua, cheia de ódio, crescente de ciúme, minguando de dor, se fez um novo ser de noite sem lua. Como uma simples mulher ousou amar o Sol? Como o Sol ousou deter o tempo para amar alguém? Que ele nunca mais a visse! Mas o Sol tudo vê!… Então Tupã ergueu a maior montanha que existia lá e dentro dela encerrou a Princesinha Encantada da Brava Tribo Guerreira do Povo Tupi. O Sol, de dor, sangrou poentes e quis se afogar no mar. A Lua, com a dor de seu amado, chorou miríades de estrelas, constalados e prantos de luz. Mas nenhum choro foi tão chorado como o da Princesinha, tão bela, que nunca mais pôde ver o dia, que nunca mais sentiria o Sol… Ela chorou rios de lágrimas, Rio Capivari, Rio Verde, Rio Passa-Quatro, Rio Quilombo, rios de águas límpidas, minas, fontes, grotas, enchentes, corredeiras, bicas, mananciais. Seu povo esqueceu seu nome, mas chamou aquela montanha de Amantikir, a “Serra que chora”… Mantiqueira, a montanha que a cobriu… Conta a lenda que foi assim… Trecho da peça “A Fantástica Lenda de Algures“





Horário de funcionamento

O Parque Amantikir está aberto todos os dias do ano, inclusive feriados, natal e ano novo, das 8h30 às 17h00. Visitantes que entram até as 17h00 podem permanecer no parque até o pôr-do-sol.

Em média, os visitantes percorrem todo o espaço em até 2 horas, todavia, há pessoas que chegam pela manhã e saem ao final da tarde. Você pode curtir sem pressa. E fica a dica, assim é mais prazeroso.
Ingresso
Segunda a Quinta-feira (exceto Feriados e Férias Escolares): R$30,00
Sexta, Sábado, Domingo, Feriados e Férias Escolares:R$40,00
Crianças (+5 anos) e adolescentes (até 16 anos), Estudantes, Terceira idade (+60 anos) e professores da rede pública: R$20,00

Crianças até 4 anos não pagam.

Endereço
Rodovia Campos do Jordão Eugênio Lefevre, 215
Alto do Gavião Gonzaga
Campos do Jordão – SP

Mais informações: www.parqueamantikir.com.br